domingo, 8 de junho de 2008

Laicismo! Quanta imbecilidade se diz em seu nome!
É uma lei da natureza já observada e comprovada: se algum grupo defende uma posição contrária a dos religiosos, então esse grupo lembrará que o Estado é laico, se colocará na posição dos que trazem o progresso e seus opositores serão os obscurantistas. Se, por exemplo, os psicopatas se unirem politicamente para que o assassinato seja legalizado, eles dirão que esta interdição do assassinato está ligada a crenças religiosas, mas que aqueles que não estão ligados a tais crenças deveriam ter o direito de assassinar e que é muito errado que o Estado proíbam a todos matar, ou seja, imponham a todos crenças religiosas que deveriam ser unicamente de cunho pessoal. Enfim, o estado é laico ou não é?
A resposta é simples, o laicismo não implica que o estado contrarie sistematicamente todas as opiniões do cristianismo ou de outro grupo religioso, pode coincidir sem problema algum. E, caso coincida, pode impô-la pela força.
Só que se os psicopatas se unissem pela legalização do assassinato, com certeza grupos religiosos se insurgiriam, contrários aos psicopatas. Então os psicopatas diriam: “Estão vendo? Novamente os religiosos se unem politicamente! Não sabem eles que o estado é laico?” E, se por acaso, houver um deputado eleito democraticamente ligado a algum grupo religioso e que se posicione politicamente contra a legalização dos assassinatos e faça acordos políticos nessa direção, então os psicopatas arrancarão cabelos e farão protestos pelo que eles consideram claramente um atentado ao laicismo de estado.
E não há atentado algum. Então agora qualquer grupo pode se unir politicamente, menos os religiosos? Eu, hein? Que preconceito é esse? O laicismo está intimamente ligado com o direito de possuir uma religião e de poder manifestá-la publicamente. Um estado que proibia as manifestações religiosas não é laico, mas ateu.
Laicismo consiste apenas nisso: 1) O estado não declara religião, os cidadãos são livres para escolher (ou não escolher) qualquer religião, sem qualquer tipo de perseguição ou favorecimento. 2) As leis votadas pelo congresso não podem ser barradas pelo judiciário por contrariarem uma determinada religião.
Tudo o que ultrapasse isso é obscurantismo anti-religioso.

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