Leibniz te despreza.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Leio que o país mais afetado pela crise será o Reino Unido. A previsão para 2009 para o PIB daquele país é de queda de 2,8%. Vejo nesse site aqui: http://indexmundi.com/pt/reino_unido/produto_interno_bruto_(pib)_taxa_de_crescimento_real.html que o PIB do Reino Unido em 2008 subiu 2,9%. Desse modo, em dezembro de 2009 o Reino Unido estará na mesma situação econômica em que se encontrava em janeiro de 2008. Eram tão ruins assim as condições econômicas do Reino Unido em janeiro de 2008? É isso a crise? Nada mais? A previsão de crescimento econômico do mundo é de 0,5%. Do Brasil 1,8% Então todo esse barulho é só porque vamos crescer pouco? É isso? Vamos ficar só um pouco mais ricos? É isso o que estão chamando de “A Morte Do Neo-Liberalismo”?
Os banqueiros tiveram a manha de comer o dinheiro do contribuinte público. Os políticos tiveram a manha de fazer publicidade própria. A mídia teve a manha de vender jornal. E o povo teve a manha de ser usado pelos três. Vou dormir que ganho mais.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Vocês viram o poema do Alberto Caeiro que o Reinaldo de Azevedo postou?
XXXII
Ontem à tarde um homem das cidades
Falava à porta da estalagem.
Falava comigo também.
Falava da justiça e da luta para haver justiça
E dos operários que sofrem,
E do trabalho constante, e dos que têm fome,
E dos ricos, que só têm costas para isso.
E, olhando para mim, viu-me lágrimas nos olhos.
E sorriu com agrado, julgando que eu sentia
O ódio que ele sentia, e a compaixão
Que ele dizia que sentia.
(Mas eu mal o estava ouvindo.
Que me importam a mim os homens
E o que sofrem ou supõem que sofrem?
Sejam como eu -não sofrerão.
Todo o mal do mundo vem de nos importarmos uns com os outros,
Quer para fazer bem, quer para fazer mal.
A nossa alma e o céu e a terra bastam-nos.
Querer mais é perder isto, e ser infeliz.)
Eu no que estava pensando
Quando o amigo de gente falava
(E isso me comoveu até às lágrimas),
Era em como o murmúrio longínquo dos chocalhos
A esse entardecer
Não parecia os sinos duma capela pequenina
A que fossem à missa as flores e os regatos
E as almas simples como a minha.
(Louvado seja Deus que não sou bom,
E tenho o egoísmo natural das flores
E dos rios que seguem o seu caminho
Preocupados sem o saber
Só com o florir e ir correndo.
É essa a única missão no Mundo,
Essa -existir claramente,
E saber fazê-lo sem pensar nisso.)
E o homem calara-se, olhando o poente.
Mas que tem com o poente quem odeia e ama?
XXXII
Ontem à tarde um homem das cidades
Falava à porta da estalagem.
Falava comigo também.
Falava da justiça e da luta para haver justiça
E dos operários que sofrem,
E do trabalho constante, e dos que têm fome,
E dos ricos, que só têm costas para isso.
E, olhando para mim, viu-me lágrimas nos olhos.
E sorriu com agrado, julgando que eu sentia
O ódio que ele sentia, e a compaixão
Que ele dizia que sentia.
(Mas eu mal o estava ouvindo.
Que me importam a mim os homens
E o que sofrem ou supõem que sofrem?
Sejam como eu -não sofrerão.
Todo o mal do mundo vem de nos importarmos uns com os outros,
Quer para fazer bem, quer para fazer mal.
A nossa alma e o céu e a terra bastam-nos.
Querer mais é perder isto, e ser infeliz.)
Eu no que estava pensando
Quando o amigo de gente falava
(E isso me comoveu até às lágrimas),
Era em como o murmúrio longínquo dos chocalhos
A esse entardecer
Não parecia os sinos duma capela pequenina
A que fossem à missa as flores e os regatos
E as almas simples como a minha.
(Louvado seja Deus que não sou bom,
E tenho o egoísmo natural das flores
E dos rios que seguem o seu caminho
Preocupados sem o saber
Só com o florir e ir correndo.
É essa a única missão no Mundo,
Essa -existir claramente,
E saber fazê-lo sem pensar nisso.)
E o homem calara-se, olhando o poente.
Mas que tem com o poente quem odeia e ama?
Sou contra a reforma ortográfica. Chego atrasado ao tema. Já li muitos artigos sobre o assunto, a maioria contra, pelas mais nobres razões. Eu, no entanto, sou mesquinho e nego a reforma não por alguma virtude intrínseca do português agora arcaico, mas por simples vício meu, o maior de todos, o que comanda quase (e quanta dor vai em ter de acrescentar esse “quase”) todas as minhas ações: a preguiça. Não tenho saco para aprender de novo o português que ainda nem aprendi.
Um dos problemas dos esquerdistas é que eles valorizam demais os EUA. E têm um enorme preconceito contra o resto do mundo. O onze de setembro, por exemplo. Segundo grande parte dos esquerdistas, a culpa foi mesmo dos americanos e de sua política no Oriente Médio. Para eles, os homens que fazem a Al Qaeda não agem, apenas reagem. Não têm culpa de nada, são apenas massas, seres sem vida, sem responsabilidade alguma; mas não como as crianças, porque as crianças, todos sabem, são espontâneas e têm vida própria. São ingênuas, mas podem aprender. Tanto é que quando uma criança faz algo errado toma pito de seus pais amorosos. Os terroristas são menos que crianças, são robôs autômatos, cuja responsabilidade de suas ações é sempre de quem os programa, no caso, os Estados Unidos. Não ver mal algum nos terroristas é não vê-los como humanos.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Falou em "soberania nacional"? Está errado.
É simples, se estivesse certo exporia suas razões. Como está errado apela para soberania. Argumentos semelhantes: “A bola é minha”, “Não gostou? Chupa de outro” ou “Não gostou? Cai para dentro”.
Época estranha a nossa. Se caíssem para dentro mesmo diriam que o agressor não sabe dialogar, é ditatorial, quer se impor, etc. etc. etc. Vide Bush. Mas ninguém parece se importar muito com os paisecos (Brasil incluído) que ficam gritando “Que que foi? Que que foi?” e dando empurrãozinhos retóricos. Época biba.
É simples, se estivesse certo exporia suas razões. Como está errado apela para soberania. Argumentos semelhantes: “A bola é minha”, “Não gostou? Chupa de outro” ou “Não gostou? Cai para dentro”.
Época estranha a nossa. Se caíssem para dentro mesmo diriam que o agressor não sabe dialogar, é ditatorial, quer se impor, etc. etc. etc. Vide Bush. Mas ninguém parece se importar muito com os paisecos (Brasil incluído) que ficam gritando “Que que foi? Que que foi?” e dando empurrãozinhos retóricos. Época biba.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Último post sobre Israel, mas não prometo.
Achava que o anti-semitismo tinha acabado, mas me enganei. É claro que alguém pode ser contrário a algumas ações particulares de Israel, e talvez mesmo até contrário às ações de Israel de maneira geral sem ser anti-semita. Mas esse povo que compara Israel aos nazistas, cruzes! Vejam, podia comparar Israel com os EUA invadindo o Iraque, são duas situações diferentes, mas poderíamos traçar aí algumas semelhanças. Mas é sempre assim, Israel fez algo polêmico? Comparação com os nazistaiada na certa. Saramago soltou um texto aí que em certo momento diz que os judeus não só aplicam tática nazis, como, por vezes, superam os nazistas. E não é difícil encontrar outros textos com o mesmo nível de boçalidade. Tenho preguiça de tentar argumentar contra, pois quem sustenta algo que vai tão claramente contra a realidade não poderá ser convencido por argumentos. Seria mais ou menos como tentar convencer alguém que uma certa parede branca é branca, enquanto esse mesmo alguém vê a tal parede branca e diz “essa parede é preta”. Saramago, por exemplo, não diz como os judeus superam os nazistas, e não diz simplesmente porque não teria o que dizer. Trata-se de uma mentira absurda, ridícula e preconceituosa; qualquer um com mais de oito anos pode ver isso. Mas Saramago não deseja apontar para a realidade, antes apenas fazer uma ameaça. E a ameaça de Saramago e sua laia é essa: “judeus, será que vocês ainda não aprenderam com Auschwitz? Será que vamos ter que fazer tudo de novo?” Exagero? Bem, se Israel é pior que os nazistas, então não posso deixar de concluir que os nazistas foram bonzinhos até demais com esse povo.
domingo, 11 de janeiro de 2009
Para você
Ei, você aí com cara de bom moço, todo preocupadinho com as crianças palestinas mortas, fazendo pose de herói defensor das minorias, deixe-me lhe dizer algo.
O conflito em Darfur começou em 2003 e ainda não terminou. Calcula-se que tenha produzido trezentos mil mortos, dois milhões e setecentos mil refugiados, além de gangues de estupro e recrutamento de trabalho escravo.
O atual conflito na Palestina, por sua vez, deixou oitocentos e trinta mortos, onde, calcula-se, apenas trinta por cento são civis.
Para cada palestino morto há cerca de trezentos e sessenta e um sudaneses mortos. Tente visualizar isto da seguinte maneira: coloque um palestino morto estirado no chão. Ao seu lado coloque uma fila de vinte e seis sudaneses mortos e, por cima destes, coloque outros vinte e cinco sudaneses mortos, e, por cima destes, mais vinte e quatro sudaneses mortos e assim vai, até o último sudanês, na vigésima sexta camada. Bem, ainda sobrarão outros vinte sudaneses mortos para você amontoar da melhor maneira possível nessa pirâmide macabra.
Mas em Darfur é preto matando preto, né? Então, quem se importa? Além do que, não há americanos ou judeus para você culpar, então que graça tem se indignar contra isso, não é mesmo? Você aí, o idealista preocupado com os civis inocentes palestinos, deixe-me lhe dizer uma coisa, essa sua preocupação é só o lado aceitável de seu antiamericanismo, seu antissemitismo ou ambos. Esse seu humanismo repentino é só o lado hipócrita de seu ódio. Pare de fazer pose, você não engana ninguém. Você é só mais um ser humano, todo ressentido, hipócrita e pequeno achando-se um herói, um escolhido, um melhor. Você seria trágico se não fosse cômico.
O conflito em Darfur começou em 2003 e ainda não terminou. Calcula-se que tenha produzido trezentos mil mortos, dois milhões e setecentos mil refugiados, além de gangues de estupro e recrutamento de trabalho escravo.
O atual conflito na Palestina, por sua vez, deixou oitocentos e trinta mortos, onde, calcula-se, apenas trinta por cento são civis.
Para cada palestino morto há cerca de trezentos e sessenta e um sudaneses mortos. Tente visualizar isto da seguinte maneira: coloque um palestino morto estirado no chão. Ao seu lado coloque uma fila de vinte e seis sudaneses mortos e, por cima destes, coloque outros vinte e cinco sudaneses mortos, e, por cima destes, mais vinte e quatro sudaneses mortos e assim vai, até o último sudanês, na vigésima sexta camada. Bem, ainda sobrarão outros vinte sudaneses mortos para você amontoar da melhor maneira possível nessa pirâmide macabra.
Mas em Darfur é preto matando preto, né? Então, quem se importa? Além do que, não há americanos ou judeus para você culpar, então que graça tem se indignar contra isso, não é mesmo? Você aí, o idealista preocupado com os civis inocentes palestinos, deixe-me lhe dizer uma coisa, essa sua preocupação é só o lado aceitável de seu antiamericanismo, seu antissemitismo ou ambos. Esse seu humanismo repentino é só o lado hipócrita de seu ódio. Pare de fazer pose, você não engana ninguém. Você é só mais um ser humano, todo ressentido, hipócrita e pequeno achando-se um herói, um escolhido, um melhor. Você seria trágico se não fosse cômico.
sábado, 10 de janeiro de 2009
Tem um teste engraçadinho de política rolando por aí (preguiça de procurar) que entre suas, se não me engano, cento e oitenta questões, há esta: quem você acha que deveria dominar o mundo? Se você acha que ninguém, é um libertário, se acha que é as Nações Unidas, um liberal (no sentido americano do termo).
Pois bem, tudo começou em 1919 com a criação da Liga das Nações. Foi substituída pelas Nações Unidas em 1945. O objetivo dessas organizações mundiais é prover alguma forma de governo mundial, expedindo mandatos, aconselhando medidas que ajudaria no desenvolvimento econômico e social dos países e, principalmente, mantendo a paz, e a segurança e promovendo os direitos humanos e assistência humanitária. Não duvido que tenha sido criada com as melhores das intenções. Qualquer um pode ver que um dos maiores problemas políticos - não só de agora, mas de sempre – é o direito internacional, como regular as ações entre os estados existentes, uma vez que não há nenhuma instância superior a estes. Só se esqueceram de uma coisa: as Nações Unidas também é formada por humanos. As Nações Unidas é apenas mais uma organização humana entre tantas, por que deveríamos preferi-la às demais? Saindo, portanto, das abstrações que criaram as Nações Unidas e analisando tudo racionalmente, pode-se ver que o comportamento da ONU é inferior ao dos EUA. Um exemplo básico é o atual conflito entre Israel e a Palestina, entre uma democracia e um partido terrorista. A ONU se não é neutra, é pró-terrorismo. Os EUA estão do lado de Israel, mesmo os democratas, quero crer.
Quem deveria governar o mundo? Entre as duas organizações em questão, não tenho dúvida de preferir a americana, a opção conservadora.
Pois bem, tudo começou em 1919 com a criação da Liga das Nações. Foi substituída pelas Nações Unidas em 1945. O objetivo dessas organizações mundiais é prover alguma forma de governo mundial, expedindo mandatos, aconselhando medidas que ajudaria no desenvolvimento econômico e social dos países e, principalmente, mantendo a paz, e a segurança e promovendo os direitos humanos e assistência humanitária. Não duvido que tenha sido criada com as melhores das intenções. Qualquer um pode ver que um dos maiores problemas políticos - não só de agora, mas de sempre – é o direito internacional, como regular as ações entre os estados existentes, uma vez que não há nenhuma instância superior a estes. Só se esqueceram de uma coisa: as Nações Unidas também é formada por humanos. As Nações Unidas é apenas mais uma organização humana entre tantas, por que deveríamos preferi-la às demais? Saindo, portanto, das abstrações que criaram as Nações Unidas e analisando tudo racionalmente, pode-se ver que o comportamento da ONU é inferior ao dos EUA. Um exemplo básico é o atual conflito entre Israel e a Palestina, entre uma democracia e um partido terrorista. A ONU se não é neutra, é pró-terrorismo. Os EUA estão do lado de Israel, mesmo os democratas, quero crer.
Quem deveria governar o mundo? Entre as duas organizações em questão, não tenho dúvida de preferir a americana, a opção conservadora.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Listinha dos melhores livros lidos em 2008
Décimo lugar:
A leste do Éden
John Steinbeck (Nascido em1902, EUA – morto em 1968, EUA)
Publicado em 1955
Nono lugar:
Rei, valete e dama
Vladimir Nabokov (Nascido em 1899, Rússia – morto em 1977, Suíça)
Publicado em 1928
Oitavo lugar:
Capitalismo e liberdade
Milton Friedman (Nascido em 1912, EUA – morto em 2006, EUA)
Publicado em 1962
Sétimo lugar
A nova ciência da política
Eric Voegelin (Nascido em 1901, Alemanha – morto em 1985, EUA)
Publicado em 1951
Sexto lugar
Fim de caso
Graham Greene (Nascido em 1904, Inglaterra – morto em 1991, Suíça)
Publicado em 1951
Quinto lugar
O poder e a glória
Graham Greene (Nascido em 1904, Inglaterra – morto em 1991, Suíça)
Publicado em 1940
Quarto lugar
Ética
Baruch de Spinoza (Nascido em 1632, Holanda – morto em 1677, Holanda)
Publicado em 1677
Terceiro lugar
Arquipélago Gulag
Alexander Soljenítsin (Nascido em 1918, URSS – morto em 2008, Rússia)
Publicado em 1973
Segundo lugar
O pensamento e o movente
Henri Bergson (Nascido em 1859, França – morto em 1941, França)
Publicado em 1934
Primeiro lugar
A rebelião das massas
Ortega y Gasset (Nascido em 1883, Espanha – morto em 1955, Espanha)
Publicado em 1930
A leste do Éden
John Steinbeck (Nascido em1902, EUA – morto em 1968, EUA)
Publicado em 1955
Nono lugar:
Rei, valete e dama
Vladimir Nabokov (Nascido em 1899, Rússia – morto em 1977, Suíça)
Publicado em 1928
Oitavo lugar:
Capitalismo e liberdade
Milton Friedman (Nascido em 1912, EUA – morto em 2006, EUA)
Publicado em 1962
Sétimo lugar
A nova ciência da política
Eric Voegelin (Nascido em 1901, Alemanha – morto em 1985, EUA)
Publicado em 1951
Sexto lugar
Fim de caso
Graham Greene (Nascido em 1904, Inglaterra – morto em 1991, Suíça)
Publicado em 1951
Quinto lugar
O poder e a glória
Graham Greene (Nascido em 1904, Inglaterra – morto em 1991, Suíça)
Publicado em 1940
Quarto lugar
Ética
Baruch de Spinoza (Nascido em 1632, Holanda – morto em 1677, Holanda)
Publicado em 1677
Terceiro lugar
Arquipélago Gulag
Alexander Soljenítsin (Nascido em 1918, URSS – morto em 2008, Rússia)
Publicado em 1973
Segundo lugar
O pensamento e o movente
Henri Bergson (Nascido em 1859, França – morto em 1941, França)
Publicado em 1934
Primeiro lugar
A rebelião das massas
Ortega y Gasset (Nascido em 1883, Espanha – morto em 1955, Espanha)
Publicado em 1930
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Ápice
É com júbilo e grande ansiedade que escuto o rufar dos tambores. É chegado meu grande momento, o momento em que justifico minha existência, o momento pelo qual meu nome será lembrado pela eternidade; não pela resolução de um problema teórico e abstrato que tenha atormentado a mente de uns dez homens ao longo de milhares de anos, mas por um problema prático, concreto e que atormentou a vida de milhões de homens nos últimos anos. Descobri a solução para o conflito entre Israel e a Palestina.
Não esperem nada complicado. O que impressiona em minha solução é a simplicidade. Nossa época não a percebeu simplesmente porque é cheia de frufru, de uiuiui; sua vista turva, suas pernas chacoalham assim que começa a raciocinar viril e claramente, acaba por desfalecer antes de chegar à conclusão.
Analisemos, pois, o conflito. De um lado temos Israel, potência militar, economia desenvolvida, população rica, bem-alimentada e culta. Do outro temos a Palestina, país subdesenvolvido tanto econômica quanto socialmente e que dispara trinta mísseis e foguetes para deixar quatro feridos.
Em qualquer tempo que não o nosso, um general israelense que não conseguisse terminar esse conflito em sessenta minutos seria tido por todos como fraco e incompetente. E, no entanto, o tal conflito já se arrasta por sessenta anos...
Pois bem, a lição introdutória é:
Guerra não é xadrez. Guerra não é futebol. Guerra não termina empatada. Guerra termina com a vitória de um dos lados. No conflito em questão parece não haver dúvidas de qual lado deve vencer. Israel esmagaria a Palestina ainda que uma catástrofe destruísse 90% do país.
Eis então minha solução, que de inovadora não tem nada. Israel invade de verdade a Palestina. Teríamos então de dez a cem vezes o número de mortes atuais. Depois dos já referidos sessenta minutos, a Palestina cai conquistada. É certo que ainda haverá resistência, mas a Palestina fazendo parte de Israel, poderá ser vigiada e controlada por leis israelenses. Depois de uma política massiva de antiterrorismo, essa resistência se partiria, a exemplo do que ocorreu no Iraque. Com o tempo, os palestinos acabariam por se conformar com a presença massiva dos judeus. A exemplo da Grã Bretanha com suas quatro nações, Israel deveria fazer o mesmo, estabelecendo as nações da Palestina e de Gaza (o velho truque de dividir seus inimigos). Em cinco anos Israel já poderá organizar eleições para um parlamento na Palestina e em Gaza. Dessa vez, porém, nada de eleições livres onde o Hamas e outras organizações terroristas possam competir. Apenas partidos e candidatos aprovados pelo governo de Israel. Mais um pouco de tempo, uns cinqüenta anos talvez, e Israel poderia abrir um pouco a política das nações palestinas e permitir a participação de partidos estranhos, que talvez até pleiteiem independência, desde que pacíficos, constitucionais e não tenham chance alguma de vitória eleitoral.
Como Ortega y Gasset observou, nossa época nega a guerra, ao mesmo tempo em que não consegue propor nada para substituí-la. Acham que a guerra é só um capricho de homens malvadões e que não têm nenhuma função social. Baseadas nessa crença ridícula, as pessoas esperam que o problema que originou a guerra acabe por sumir magicamente. No fim, é claro, não conseguem eliminar a guerra, mas apenas transformá-la em um conflito pateticamente sem fim. Pois bem, uma guerra boa e franca seria benéfica para os dois lados. Israel conseguiria finalmente controlar o conflito e ditar suas leis. Já a Palestina, terminada de vez sua guerra, poderia finalmente seguir sua vida. Dominados por Israel, os palestinos só teriam a ganhar. Seus líderes políticos seriam melhores, mais bem preparados, mais inteligentes e conseqüentemente sua situação econômica e social seria melhor; os terroristas já não teriam poder algum e não usariam crianças nem como escudos nem como soldados nem como bandeiras; a Palestina teria uma moeda mais forte; seria mais seguro para o investimento estrangeiro; os direitos humanos seriam mais respeitados; dominariam melhor a tecnologia de seu tempo. Duzentos anos depois, garanto que os soldados palestinos saberiam até como disparar mísseis e foguetes corretamente. Poderiam então exigir como homens sua liberdade, e não apenas espernear infantilmente por ela, como faz hoje. A liberdade seria então concedida através de negociações. A Palestina já não seria governada por essas crenças políticas vitimistas e atrasadas, tão típicas de países do terceiro mundo, mas por uma visão mais de acordo com a realidade. Em suma, já não veriam com simpatia alguma os terroristas.
Não esperem nada complicado. O que impressiona em minha solução é a simplicidade. Nossa época não a percebeu simplesmente porque é cheia de frufru, de uiuiui; sua vista turva, suas pernas chacoalham assim que começa a raciocinar viril e claramente, acaba por desfalecer antes de chegar à conclusão.
Analisemos, pois, o conflito. De um lado temos Israel, potência militar, economia desenvolvida, população rica, bem-alimentada e culta. Do outro temos a Palestina, país subdesenvolvido tanto econômica quanto socialmente e que dispara trinta mísseis e foguetes para deixar quatro feridos.
Em qualquer tempo que não o nosso, um general israelense que não conseguisse terminar esse conflito em sessenta minutos seria tido por todos como fraco e incompetente. E, no entanto, o tal conflito já se arrasta por sessenta anos...
Pois bem, a lição introdutória é:
Guerra não é xadrez. Guerra não é futebol. Guerra não termina empatada. Guerra termina com a vitória de um dos lados. No conflito em questão parece não haver dúvidas de qual lado deve vencer. Israel esmagaria a Palestina ainda que uma catástrofe destruísse 90% do país.
Eis então minha solução, que de inovadora não tem nada. Israel invade de verdade a Palestina. Teríamos então de dez a cem vezes o número de mortes atuais. Depois dos já referidos sessenta minutos, a Palestina cai conquistada. É certo que ainda haverá resistência, mas a Palestina fazendo parte de Israel, poderá ser vigiada e controlada por leis israelenses. Depois de uma política massiva de antiterrorismo, essa resistência se partiria, a exemplo do que ocorreu no Iraque. Com o tempo, os palestinos acabariam por se conformar com a presença massiva dos judeus. A exemplo da Grã Bretanha com suas quatro nações, Israel deveria fazer o mesmo, estabelecendo as nações da Palestina e de Gaza (o velho truque de dividir seus inimigos). Em cinco anos Israel já poderá organizar eleições para um parlamento na Palestina e em Gaza. Dessa vez, porém, nada de eleições livres onde o Hamas e outras organizações terroristas possam competir. Apenas partidos e candidatos aprovados pelo governo de Israel. Mais um pouco de tempo, uns cinqüenta anos talvez, e Israel poderia abrir um pouco a política das nações palestinas e permitir a participação de partidos estranhos, que talvez até pleiteiem independência, desde que pacíficos, constitucionais e não tenham chance alguma de vitória eleitoral.
Como Ortega y Gasset observou, nossa época nega a guerra, ao mesmo tempo em que não consegue propor nada para substituí-la. Acham que a guerra é só um capricho de homens malvadões e que não têm nenhuma função social. Baseadas nessa crença ridícula, as pessoas esperam que o problema que originou a guerra acabe por sumir magicamente. No fim, é claro, não conseguem eliminar a guerra, mas apenas transformá-la em um conflito pateticamente sem fim. Pois bem, uma guerra boa e franca seria benéfica para os dois lados. Israel conseguiria finalmente controlar o conflito e ditar suas leis. Já a Palestina, terminada de vez sua guerra, poderia finalmente seguir sua vida. Dominados por Israel, os palestinos só teriam a ganhar. Seus líderes políticos seriam melhores, mais bem preparados, mais inteligentes e conseqüentemente sua situação econômica e social seria melhor; os terroristas já não teriam poder algum e não usariam crianças nem como escudos nem como soldados nem como bandeiras; a Palestina teria uma moeda mais forte; seria mais seguro para o investimento estrangeiro; os direitos humanos seriam mais respeitados; dominariam melhor a tecnologia de seu tempo. Duzentos anos depois, garanto que os soldados palestinos saberiam até como disparar mísseis e foguetes corretamente. Poderiam então exigir como homens sua liberdade, e não apenas espernear infantilmente por ela, como faz hoje. A liberdade seria então concedida através de negociações. A Palestina já não seria governada por essas crenças políticas vitimistas e atrasadas, tão típicas de países do terceiro mundo, mas por uma visão mais de acordo com a realidade. Em suma, já não veriam com simpatia alguma os terroristas.
*
Os tambores param de rufar, o silêncio que se segue é mais sonoro que fogos de artifício. De repente, percebo que faço parte da história da humanidade. Um momento de alegria solene invade minha alma. Essas idéias simples, claras e fáceis são minha contribuição para a humanidade. É bem pouco, mas quando não se tem nada, o pouco já é algo. Tento lembrar de todos aqueles a quem devo agradecer no meu discurso enquanto subo a escadaria da posteridade.
Ps. Quem desejar me premiar (mas, por favor, money, que esse negócio de honra pública não enche a barriga de ninguém) é só entrar em contato através da caixa de comentários.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Melhores filmes de 2008:
Décimo lugar
Elizabeth – The Golden Age
Nono lugar
Rolling Stones – shine a light
Oitavo lugar
Wall.e
Sétimo lugar
Atoinement (Desejo e reparação)
Sexto Lugar:
Michael Clayton (Conduta de risco)
Quinto lugar:
Onde os fracos não têm vez
Quarto lugar:
Batman – O cavaleiro das Trevas
Terceiro lugar:
Queime depois de ler
Segundo lugar:
A banda
Primeiro lugar:
There will be blood (Sangue Negro)
Elizabeth – The Golden Age
Nono lugar
Rolling Stones – shine a light
Oitavo lugar
Wall.e
Sétimo lugar
Atoinement (Desejo e reparação)
Sexto Lugar:
Michael Clayton (Conduta de risco)
Quinto lugar:
Onde os fracos não têm vez
Quarto lugar:
Batman – O cavaleiro das Trevas
Terceiro lugar:
Queime depois de ler
Segundo lugar:
A banda
Primeiro lugar:
There will be blood (Sangue Negro)
Leio nesse site aqui http://sic.aeiou.pt/online/noticias/mundo/200914+Israel+fecha+o+cerco+a+Gaza.htm que no último domingo o Hamas lançou 30 foguetes e mísseis contra Israel deixando 4 pessoas feridas. Vou repetir: 30 foguetes e mísseis para 4 feridos. Provavelmente o pior exércit da história. Leio aqui http://g1.globo.com/VCnoG1/0,,MUL942904-8491,00-LEITOR+DO+G+FAZ+RELATO+DO+CONFLITO+EM+ISRAEL.html um relato de um brasileiro em Israel lamentando o conflito e as mortes e concluindo que seria melhor que o Hamas parasse de gastar dinheiro com fabricação de mísseis e que o usasse para melhorar a condição de seu povo. Eu também sou pró-Israel, mas analisando tudo de um ponto de vista estritamente militar digo que o Hamas deveria parar de construir mísseis e comprar facas. Isso mesmo. Se trinta palestinos armados com facas saíssem por ai esfaqueando israelenses garanto que teríamos mais que quatro feridos. Israel, é claro, não tem culpa nenhuma de ter um vizinho retardado que lança 30 mísseis e foguetes para deixar 4 feridos. Reação proporcional é a vovozinha. Se os militantes do Hamas resolverem ouvir meu conselho, comprar facas e confundir minha mãe com uma judia fazendo-a de refém, quero mais é que a polícia ou o exército de Israel enfrente o meliante com fuzis de última geração, mira a laser, helicópteros, tanques blindados, tiros por trás e o que mais for. E, tenho certeza, o amável leitor desejaria o mesmo
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