quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Ah, o Velho Oeste! Aquilo sim era civilização. Ninguém ousava ir à mercearia da esquina sem um revólver no coldre. Andar armado era um ato patriótico, uma mostra de coragem e de presteza. “Se depender de mim o mal não prevalecerá sem luta”; era o que todos pareciam dizer. Há nessa desconfiança absoluta muita bondade.

Daqui a pouco partirei para UERJ, tomarei um ônibus cheio e dividirei um banco com alguém completamente desconhecido. Estarei desarmado. Há nessa confiança absoluta uma excessiva preguiça e covardia. “Estou sempre pronto para gritar femininamente Polícia! Polícia!” é o que pareço dizer. Como se ser corajoso e bom fosse um trabalho a ser remunerado e não uma simples obrigação moral.

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