quarta-feira, 5 de setembro de 2007

UERJ

- Eu também tentei fazer mestrado na UERJ, ano retrasado, mas quando entrei naquele prédio, para fazer a prova, senti-me mal. Ele é gigante e não se vê uma única planta em parte alguma, apenas concreto nu, sem tinta. Seus corredores escuros, estreitos, infindáveis, segmentados por portões azuis-escuros e velhos, seu chão cinza-escuro, liso e sujo, suas rampas e escadas construídas do modo mais funcional e regular possível, suas paredes com quase um metro de grossura, as portas das salas - às vezes protegidas com grades – têm aquelas janelas que permitem vigiar pelo lado de fora... Aquilo me pareceu uma prisão.
- É a primeira impressão de todo mundo que conheço. Eu mesmo pensei isso quando entrei. Mas depois se acostuma.
- Mas é triste. É triste se acostumar com uma coisa dessas.

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