quarta-feira, 30 de abril de 2008

"O único candidato aqui com uma bota maior que a minha é a Maria Elvira".

Não queria lhes assustar, mas daqui a pouco começará o horário político. Por mim, que não vejo televisão e nem tenho rádio, tudo bem. Problemático seria se o youtube fosse obrigado a passar dois minutinhos de horário político antes de qualquer vídeo. Cale a boca, João. Não dê idéia errada. Enfim. O problema do horário político é que quando um político resolve fazer um ataque pessoal já vem logo pessoas chorando, dizendo que quer um debate de alto nível, com idéias, propostas, que não quer baixaria na TV... Não querem baixaria na TV! Que tipo de pessoa não quer baixaria na TV?, é mais ou menos como não querer queijo num misto. Meu Deus, como enrolo para chegar no essencial!, e o essencial é que no Brasil campanhas com propostas positivas é só um desfile de tautologias. Basta tentar contradizer o que os políticos dizem para ver. Eles falarão coisas como “Quero uma educação melhor” ou “Mais segurança para nossos cidadãos”. Não sabia que havia políticos defendendo uma educação pior ou menos segurança para os cidadãos. Simplesmente não há debate, temas polêmicos são cuidadosamente evitados, pois estes dividem o eleitorado e os programas são feitos para arrebanhar eleitores, não para perdê-los. Por essa razão dirão “quero uma educação melhor”, mas dificilmente (a menos que alguma pesquise indique que pelo menos 90% do eleitorado concorde com a idéia) “quero o fim da escola plural” ou “menos verba para o ensino superior e mais verba para o ensino básico”. O único momento onde a modorra é interrompida e alguma informação é passada é nos ataques pessoais. Ali ficamos sabendo das maracutaias em que tal candidato já esteve envolvido, de que crimes civis ele é acusado, se é mentiroso, autoritário, frouxo, inexperiente, atleticano e essas coisas difamatórias. É muito mais interessante, informativo e útil para o eleitorado decidir.

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