terça-feira, 4 de novembro de 2008

Uma das características mais irritantes da esquerda é a crença inabalável de que representam o futuro. Eles, os progressistas. Nós, os reacionários.
Ontem uma analista política falava na Record News. Não sei o nome dela, mas já havia visto seu rosto antes (acho que no Jornal da Globo). Mulher de meia idade, rosto redondo, pele bonita, cabelos castanho-aloirados cortados na altura do pescoço. Termina suas frases sempre num sorriso largo e simpático. Muito simpática ela. Não gosto de falar mal de pessoas simpáticas. A não ser, talvez, pelas costas. Então prossigamos.
O tema era a eleição nos Estados Unidos e ela falava de Obama. Obama tem idéias mais avançadas que McCain. Ela não especifica que idéias são essas e muito menos porque seriam mais avançadas. Para quê, não é mesmo? Não está claro para todos? Ele é democrata, McCain é republicano, isso- basta.
Em seguida ela diz, Obama está mais à esquerda de McCain. Mas devemos tomar cuidado ao dizer isso, pois o candidato mais progressista na eleição norte-americana ainda seria bem conservador aos olhos do eleitorado brasileiro.
A mulher é das analistas políticas mais importantes do país, vive aparecendo na TV, e, caramba!, não consegue somar dois e dois. Se ela é das melhores, imaginem o restante... Isso deve explicar porque muitos analistas políticos estão com Lula. A mulher não consegue ver a conclusão absurda a que os lugares-comuns da esquerda levam: se a esquerda é mais avançada que a direita e os EUA (e por que não dizer tudo? toda Europa ocidental) estão à direita do Brasil, podemos concluir que somos mais avançados que eles. Somos os EUA amanhã.
E depois a direita que é pessimista.

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