sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

"Um pouquinho de metafísica não faz mal à ninguém" ou "Tudo bem, vão em frente, podem me internar"

Bergson nos diz, em algum lugar de “O pensamento e o Movente”, que nosso cérebro explica apenas uma pequena parte de nossa vida espiritual. O que o cérebro faz é o seguinte, ele escolhe quais memórias o espírito deve examinar para uma determinada questão, mas não explica de onde vem esse conjunto de memórias. Em certo sentido, a função do cérebro é fazer o espírito pensar menos

Ora, se assim for, ele nos diz, algo de nosso espírito sobrevive à morte, ou pelo menos não deve morrer necessariamente. Para ele, porém, deveríamos parar aqui, não podemos ir além e dizer que a vida após a morte é eterna ou que tipo de vida é essa.

Mas para que tanto comedimento num blog, não é mesmo? Pensando na questão, conclui que, se assim for, é o cérebro que faz nosso espírito se adequar a duração, mas este vive num mundo sem tempo, onde todas as coisas são pensadas\vividas simultaneamente. Isso explicaria a dificuldade da mente em lidar com o mundo material, que é movente e durável, já que ela é estrangeira a esse mundo, seu lar é o do repouso e da simultaneidade.

Nenhum comentário: