Consideremos a cena em que são dadas as más-vindas aos aspirantes ao batalhão do BOPE como a metade do filme. Em sua primeira parte o filme é bem jornalístico, excessivamente explicativo e polêmico. Seria uma ótima coluna de jornal e é um filme médio.
Já a segunda metade do filme é muito boa. Deixa de ser jornalismo puro, há uma intenção, uma história ali. Não é a história do Capitão Nascimento. O Capitão nascimento é na verdade a parteira do grande personagem do filme: Matias.
O filme é na verdade uma história sobre corrupções, como pessoas boas acabam por se corromper pelo meio em que vivem. O grande mérito do filme é a sacada de inverter o clichê. Esta é a justificativa dos bandidos, ninguém pensou em aplicá-las aos policias. A pergunta do filme parece ser: quem não é produto do meio? E por sermos todos produtos do meio agora não podemos mais julgar ninguém?
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
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Um comentário:
cara, e você sabia que o sujeito que fez o Mathias era um porteiro. esse foi o primeiro trabalho do cara como ator.
tu viu no cinema ou no underground?
e eu não sei se fico feliz ou decepcionado quando vejo que você não comentou o belíssimo filme Conceição. uhauhauhauhauhauha
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