Lá pelo meio do ano li Os frutos da Terra de Gide. Gostei muito. Melhor livro que li esse ano. Comprei outro dele: Pântanos. Odiei. Pior livro que li esse ano. Agora estou lendo Foster, Aspectos do Romance. Em determinada parte critica Gide: “O romancista que denuncia muito interesse por seu próprio método, nunca poderá ser mais do que interessante: desistiu da criação da personagem e nos convocou para auxiliá-lo na análise de sua própria mente, resultando numa queda acentuada no termômetro emocional”. Os frutos da Terra se salva pois é poesia, o autor narra sua viagem de três anos descrevendo frutas, jardins, paisagens marítimas, noites com mendigos, provas da existência de Deus. Não há história, o que une o livro é antes um certo estado da alma. É um livro-música. Já em Pântanos há uma certa história, ou antes, um feixe de acontecimentos, ele não pode se livrar totalmente do enredo ao mesmo tempo que o despreza descaradamente.
Enfim, era só isso. Obrigado, volte sempre.
Enfim, era só isso. Obrigado, volte sempre.
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