domingo, 19 de abril de 2009

Melhores Albuns - 1977/78



1977. O ano que mudou a história do rock. Vocês todos já ouviram falar disso. Progresivo, cabeçudo, firulento; punk, simples, direto. Enquanto todo mundo vibrava com o punk recém criado, Elvis Costello pegou sua guitarra e fez seu primeiro álbum My aim is true. O que era aquilo? Certamente era novo, não-progresivo. Alguns rotularam-no punk. Mas ele não era tão simples assim, a música era feliz, as letras inteligentes, com um certo toque nerd, o som relativamente elaborado. Dois anos depois o punk já tinha enchido e não fazia mais sentido. Deixou um filhotinho, o pós-punk que também não sobreviveu mais que seis anos. Hoje em dia o punk e o pós-punk são bem datados. Uma boa prova? Todos que apresentam o punk a alguém que não o conhecia faz como eu: “Progresivo, cabeçudo, firulento; punk, simples, direto.” Sem seu contexto, o punk não faz muito sentido. Enquanto isso, Elvis Costello, com seu visual retrô e referências constantes aos anos 50, continua influenciando gerações. Seu som continua novo e é um dos criadores do rock alternativo a la Pixies e Weezer. Poucos meses depois do Punk estourar, Elvis costello já o tinha incoporado e o ultrapassado. Tentem resisitr a perolas como Blame it on cain, Sneaking Feelings, (The angels wanna wear my) red shoes e Radio Sweetheart.

Um ano depois foi a vez do This year’s Model, título perfeito para o melhor do ano. A pegada rock, as letras sarcásticas, continua tudo lá. Há mais tristeza e crueza no som e não tem aquela pegada pop do primeiro. O lado nerd é mais acentuado - "I don't go out much at night. I don't go out much at all. Did you think you were the only one who was waiting for a call" - e sua ligação com o rock alternativo mais evidente. Copiando um aí, nesse álbum Elvis cotello mostra ser o “geek mais zangado da história”. Ao que saiba, esses são os dois albuns mais roqueiros do moço. Depois ele caminha para o New Wave e outras esquisitices dos anos 80. Não conheço muito dessa fase, mas sei que há boas coisas ali. No entanto, para mim, o bom Elvis é o Elvis novo.

Ps. Roubei um pouco aqui. O disco sorteado foi o This Year’s Model, mas como achei difícil falar dele sem citar o anterior, resolvi falar dos dois ao mesmo tempo.




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