terça-feira, 21 de abril de 2009

Melhores Álbuns - 2001


Zé Pangó: “Salvadores do rock! Que exagero! Não há nada de novo ali. A simplicidade rítmica é dos anos 80, as guitarras são do punk a la Wire, Television, a pose é do Velvet, o vocal é do Iggy Pop.

Eu, o sábio: Pfff. Pode-se fazer algo completamente novo a partir de elementos velhos – principalmente a partir de bons velhos elementos como é o caso. E há algo de essencial e infalsificavelmente novo nesse álbum. Algo ocorreu depois do lançamento desse álbum. Bandas novas começaram a surgir de todo lugar: Interpol, Arcade Fire (Canadá), The Hives (Suécia), The Vines (Austrália) e continuam surgindo até hoje, como Artic Monkeys (Inglaterra) e The Fratellis (Escócia), todas pesadamente influenciadas por esse álbum. Uma renovação no mundo do rock nessas proporções ocorrera pela última vez só ali por 87-88 quando Sonic Youth e Pixies enterravam a última revolução rockeira datada de 77. A diferença é que, se Sonic Youth e Pixies lançaram excelentes discos, o sucesso comercial desse novo rock só ocorreu em 91, com o Nevermind do Nirvana. Já agora, o sucesso foi instantâneo, o primeiro álbum desse novo tipo de rock estoura e chega às paradas de sucesso e entre as mais vendidas. Bem, há algo quando uma banda consegue revolucionar tudo e ainda conquistar um grande número de fãs imediatamente. Com todos esses velhos e bons elementos, o Strokes conseguiu encontrar a maneira certa de expressar a vida dos jovens do começo do milênio. Consegue entender agora por que o rótulo de “salvadores do rock” não era um simples exagero?

Um comentário:

Ribinho disse...

Meu querido.. quando vc fala sobre revoluções no rock vc comenta bandas alternativas à la Janis e Velvet... Come on!!! Existe mundo para além da Obra...
ehehheheh