Excelente texto. Foi o texto, sobretudo, que me impressionou. Depois as imagens muito boas, o ritmo lento e certo das imagens, como se tivéssemos acabado de acordar, as excelentes atuações... E o começo! O começo é fantástico, os primeiro quinze minutos me lembravam Sergio Leone. O clima poético e bandido de Isaac Babel em A cavalaria Vermelha. Mas depois... me lembrou aquele péssimo Estrada para Perdição, com o Tom Hanks, sabe? O filme é longo, muito longo, algumas cenas desnecessárias. O ritmo lento das cenas ajuda a alongar ainda mais o filme e no fim já se está cansado, querendo que tudo acabe. Mas é bom, não só o começo, o começo é a melhor parte, mas ainda há coisas muito boas ali pelo meio. Vá num dia em que estiver disposto, são três horas, meu amigo, três longas horas dessa mistura de Era uma vez no Oeste e Estrada para Perdição. Mas o fim, meu Deus, que fim ruim. Não propriamente o fim, mas o prólogo. Consegue ganhar do último Senhor dos Anéis, de arrastado e bobo. E não te convence. Você fica pensando o porquê dessa revolta toda com a morte de Jesse James, do arrependimento de Robert Ford, de seu irmão, aquelas cenas maçantes no teatro; é tudo absolutamente ininteligível (pelo menos para mim que não conheço Jesse James), não convence. Nada ali convence. Não se precisava daquilo, os vinte trinta minutos finais. Jesse James morreu, levante-se, saia do cinema e consiga salvar um bom filme.
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