quarta-feira, 24 de junho de 2009

Melhores Álbuns - 1971





São quase setenta e quatro minutos de músicas em sete faixas. Estamos em setenta e um, não dá para dizer que o progressivo não passou por aqui. As músicas têm um caráter experimental evidente, os solos de guitarra são abundantes. Mas eu te garanto: é legal. É rock. Nada de firula, “Tago Mago é uma raridade do começo dos anos setenta, um álbum duplo sem uma nota desperdiçada” (Ned Raggett). A extensão das músicas consegue criar um clima ensolarado, forte, algo violento. As batidas são fortes, contagiosamente dançantes. Há nelas um prenúncio do que seria a música eletrônica (especialmente em “Halleluhwah”). Há um claro elemento sexual nos ritmos e nos vocais, em especial na faixa “Oh Yeah”, onde os sons parecem descrever primeiramente um bom amasso, depois sexo e depois gozo. Apesar de grandes, as canções não se perdem em momento algum, qualquer uma delas poderia tocar numa boa estação de rock.

Quer dizer... Originalmente esse é um álbum duplo. O que acabo de descrever aqui foi o primeiro álbum, porque no segundo... Bem, no segundo tudo o que posso dizer é que os caras exageraram no ácido. Com exceção da última faixa, o que há ali é barulho. Mas a primeira metade é tão boa que perdôo a maluquice da segunda parte.

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