sábado, 27 de junho de 2009
Michael Jackson foi uma espécie de Stevie Wonder dos anos oitenta. Tinhas umas músicas bregas misturadas com umas músicas legais. Mas as músicas bregas do Stevie me parecem mais aceitáveis e as mais legais do Wonder são mais legais que a do Michael. Sei lá, nunca curti muito o Michael não. Mas para não dizerem que eu não falo de atualidades, vou comentar aqui o fim da exigência de diploma para jornalistas. É claro que sou a favor. Os jornais que contratem quem quiserem para escrever e as pessoas que comprem os jornais com os jornalistas quem mais forem do seu agrado – com diploma ou sem. De qualquer outro modo é uma afronta à liberdade de expressão. “Ah, mas então o que eu vou fazer com meu diploma de jornalismo?” Que tal enfiar no [censurado]? Se a faculdade de jornalismo vale para alguma coisa, é claro que as empresas preferirão contratar jornalistas formados. Mas se a faculdade de jornalismo é tão ruim a ponto de não haver diferença entre um jornalista diplomado e outro sem, então é óbvio que não faz sentido instituir uma lei que obrigue as empresas a contratar apenas jornalistas diplomados. Se concordamos que não há relação entre ser bom jornalista e ter mais de um metro e oitenta de altura, por que exigiríamos jornalistas com mais de um metro e oitenta de altura? Se não há relação entre ser bom jornalista e ter um diploma, por que exigiríamos o diploma? “Ah! Mas você só fala isso porque não é jornalista?” Que nada! Não vejo problema com algo parecido na filosofia. Que seja desnecessário qualquer diploma pra dar aula em faculdades ou escolas. O único critério justo é se a pessoa sabe mesmo filosofia ou não. Seria ótimo, aliás. Desse modo, o autodidata Olavo de Carvalho poderia dar aulas de filosofia nas faculdades e, não tenho dúvida, seria bem melhor do que a maioria dos atuais professores diplomados em filosofia.
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2 comentários:
Duvido você dizer isso na entrevista da seleção de doutorado. Duvido! :D
Nossa, precisava mesmo falar do Olavo?
Você não tem jeito!
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