- Serão enterrados em Toias, e nós dois participaremos da marcha fúnebre. – Disse eu a Winkmol.
Eram vinte e oito os mortos. Três carroças os levavam. Iam além deles e de nós um séqüito de soldados e um agrimensor. Cavalgávamos rumo a Inoxildtai, uma das primeiras a serem conquistadas, a mais segura das cidades do deserto. A viagem durou cinco dias e cinco noites.
Winkmol viajava a meu lado, fiz questão. Estava tenso, suava, olhava para os lados, para trás. Não nos dissemos uma palavra.
Por ordem minha paramos no portão da cidade. Winkmol ainda viu uma das carroças caminhar a oeste da cidade e se perder na direção do deserto. Descemos todos. Novamente o silêncio nos envolveu. Depois de 30 minutos a carroça voltava. Desceram todos dela, entre eles o agrimensor. Este me deu um sinal com a cabeça, como a dizer, trabalho feito. Fui, então ter com Winkmol, aproximando-me excessivamente deste e falando em seu ouvido (também sou um homem alto):
- Você fez o que quis com os condenados, agora carregue os mortos, suporte o peso deles. A cinco quilômetros a oeste está hasteada uma bandeira de meu reino. Enterre os mortos lá.
Afastei-me. Os lençóis das carroças foram retirados e uma pá lhe foi entregue. Sabiamente Winkmol começou pelo mais pesado, carregando em seu ombro um homem com mais de oitenta quilos. A cavalo, eu e mais ninguém o acompanhei em sua caminhada. Fazia muito calor e Winkmol caiu desmaiado no segundo dia, quando carregava o vigésimo morto. Faltava ainda um quilômetro e meio para chegarmos à bandeira. Desci de meu cavalo e arrastei Winkmol com meus próprios braços até lá e enterrei-o ainda vivo. Foi realmente cansativo. Sentei ao lado da cova recém-fechada por mim e apreciei o deserto conquistado, o sol a pino, o suor que grudava em minhas roupas. Acabei com a água de meu cantil. Esqueci-me completamente de tudo por não sei quanto tempo, até que um de meus soldados apareceu montado, no horizonte. Rapidamente desceu de seu cavalo, se apresentou e se curvou ao longe. Ordenei-lhe com gestos para que se aproximasse.
- Bom soldado, bom soldado. Receberá cinco mil ducados - dizia eu enquanto subia no cavalo que o trouxe.
Voltei a galope. Chegando, ordenei que alguns dos soldados ficassem e terminassem o enterro. Aos demais que voltassem comigo à capital.
- Não sei o que me deu. Temos uma guerra a ganhar e eu aqui perdendo tempo.
Todos riram de minha observação. Voltei com os soldados, cantando com eles.
Eram vinte e oito os mortos. Três carroças os levavam. Iam além deles e de nós um séqüito de soldados e um agrimensor. Cavalgávamos rumo a Inoxildtai, uma das primeiras a serem conquistadas, a mais segura das cidades do deserto. A viagem durou cinco dias e cinco noites.
Winkmol viajava a meu lado, fiz questão. Estava tenso, suava, olhava para os lados, para trás. Não nos dissemos uma palavra.
Por ordem minha paramos no portão da cidade. Winkmol ainda viu uma das carroças caminhar a oeste da cidade e se perder na direção do deserto. Descemos todos. Novamente o silêncio nos envolveu. Depois de 30 minutos a carroça voltava. Desceram todos dela, entre eles o agrimensor. Este me deu um sinal com a cabeça, como a dizer, trabalho feito. Fui, então ter com Winkmol, aproximando-me excessivamente deste e falando em seu ouvido (também sou um homem alto):
- Você fez o que quis com os condenados, agora carregue os mortos, suporte o peso deles. A cinco quilômetros a oeste está hasteada uma bandeira de meu reino. Enterre os mortos lá.
Afastei-me. Os lençóis das carroças foram retirados e uma pá lhe foi entregue. Sabiamente Winkmol começou pelo mais pesado, carregando em seu ombro um homem com mais de oitenta quilos. A cavalo, eu e mais ninguém o acompanhei em sua caminhada. Fazia muito calor e Winkmol caiu desmaiado no segundo dia, quando carregava o vigésimo morto. Faltava ainda um quilômetro e meio para chegarmos à bandeira. Desci de meu cavalo e arrastei Winkmol com meus próprios braços até lá e enterrei-o ainda vivo. Foi realmente cansativo. Sentei ao lado da cova recém-fechada por mim e apreciei o deserto conquistado, o sol a pino, o suor que grudava em minhas roupas. Acabei com a água de meu cantil. Esqueci-me completamente de tudo por não sei quanto tempo, até que um de meus soldados apareceu montado, no horizonte. Rapidamente desceu de seu cavalo, se apresentou e se curvou ao longe. Ordenei-lhe com gestos para que se aproximasse.
- Bom soldado, bom soldado. Receberá cinco mil ducados - dizia eu enquanto subia no cavalo que o trouxe.
Voltei a galope. Chegando, ordenei que alguns dos soldados ficassem e terminassem o enterro. Aos demais que voltassem comigo à capital.
- Não sei o que me deu. Temos uma guerra a ganhar e eu aqui perdendo tempo.
Todos riram de minha observação. Voltei com os soldados, cantando com eles.
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