segunda-feira, 30 de março de 2009

Melhores discos - 1987

O álbum abre com a guitarra da música Schizophrenia e, Deus meu!, como aquilo é bonito, alto e triste. Desde o começo já dá pra saber: guitarra, eis o seu álbum!

A tristeza da primeira canção passa e o que vem depois é urgência adolescente, barulho e animação. E depois a tristeza volta, fica, vai embora. As músicas são bem diferentes entre si, mas há uma unidade, não consigo explicar. É como se fossem diferentes dias de um ano de alguém, de uma guitarra talvez.

Há uma comparação inevitável entre este álbum e o seu sucessor, o Daydream Nation, tido por quase todos como a obra-prima do grupo. Discordo. Este é a verdadeira jóia da banda. Daydream Nation é muito pesado, grande, pretensioso. É mesmo chato em alguns momentos. Vou explicar como aconteceu. O Sonic era uma banda cabeçuda no começo dos anos 80 que fazia discos de barulho para quase ninguém. Ali por volta do Evol resolveram misturar um pouco de música nisso tudo e, vendo que dava certo, criaram o Sister, que é fodaço. O elogio da crítica veio e eles voltaram a cabeçudice original com o Daydream Nation, que é um Sister cabeçudo. Gosto mais do frescor despreocupado do Sister, dessa urgência adolescente, para lembrar a expressão de uma amiga, de suas músicas mais pops, rápidas, felizes. Rock’n roll mais perfeito que isso não há.

Músicas preferidas: Schizophrenia, (I got a) Catholic Block, Tuffgnarl, Hot Wire my Heart, Kottom Crown e Master Dick, mas isso é uma sacanagem com as outras músicas, pois o álbum é redondinho e nenhuma é ruim ou mesmo média.

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