quarta-feira, 4 de março de 2009

Pausa para um sermão religioso

Nas escolas aprendemos que reinava o teocentrismo. Então veio o Renascimento e colocou o homem no centro do universo. Algo se quebrou, no entanto, no século XX e já se fazem protesto contra o uso de peles como vestimentas, o consumo de carne e há mesmo invasão e depredação de laboratórios com o objetivo de salvar a vida de ratos e macacos, ainda que isto custe vidas humanas. Não sei o que está no centro hoje em dia, mas com certeza não é o homem. Os judeus do Antigo Testamento eram muito mais antropocêntricos que nós:

“2* Javé, Senhor nosso, como é poderoso o teu nome em toda a terra!
Exaltaste a tua majestade acima do céu.
3 Da boca de crianças e bebês tiraste um louvor contra os teus adversários, para reprimir o inimigo e o vingador.
4* Quando contemplo o céu, obra de teus dedos, a lua e as estrelas que fixaste...
5 O que é o homem, para dele te lembrares? O ser humano, para que o visites?
6 Tu o fizeste pouco menos do que um deus, e o coroaste de glória e esplendor.
7 Tu o fizeste reinar sobre as obras de tuas mãos, e sob os pés dele tudo colocaste:
8 ovelhas e bois, todos eles, e as feras do campo também;
9 as aves do céu e os peixes do oceano, que percorrem as sendas dos mares.
10 Javé, Senhor nosso, como é poderoso o teu nome em toda a terra!”
Sem culpa, sem remorsos. Podíamos até pedir licença a Deus, mas com certeza não pedíamos licença às feras do campo, muito menos aos ratinhos. Tínhamos uma imagem muito melhor de nós mesmos.

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