Num primeiro plano, festa, alegria e empolgação. As letras e os vocais são emocionais, hedonistas, excitados, os sintetizadores e as guitarras coloridos, vários sonzinhos eletrônicos temperando o som. Soa como uma noite com amigos, bebidas, drogas, paquera, sexo, coisas sujas e divertidas. Ao mesmo tempo não é excessivo ou auto-destrutivo. É como se fossemos ao limite, mas não o ultrapassássemos (ou tivéssemos a ilusão de que não o ultrapassamos). Curiosamente, no entanto, o centro deste alegre álbum é a faixa “The past is a grotesque animal” (tanto pela posição, a sétima em doze faixas, quanto pelo tamanho, doze minutos) que é um tanto pesada e desesperada, cheirando a violência, ressentimento, frustração e impotência. Um dos melhores símbolos da alegria de nossa época: uma aparência feliz e audaz fundada numa base de sentimentos obscuros e mal-resolvidos. Então, quando voltamos às demais faixas do álbum podemos perceber mesclado com a alegria também certo “cinismo, desespero e dúvida[1]”. Não acho, no entanto, que este seja um CD depressivo, como diz outros. Talvez as letras não sejam das mais alegres, mas os companheiros de banda do vocalista não transmite nenhuma tristeza em suas composições (com exceção da já citada sétima faixa). E mesmo o vocalista, que tinha acabado de romper um longo relacionamento, está triste mas “We want our film to be beautiful, not realistic”.
Todas as músicas são realmente boas, dando destaque para: Gronlandic Edit, The past is a grotesque animal e We were born the mutants again with leafling.
Todas as músicas são realmente boas, dando destaque para: Gronlandic Edit, The past is a grotesque animal e We were born the mutants again with leafling.
[1] Graham Quinn
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