Álbum estranho. Referências constantes a sonhos não é à toa. Parece mesmo pertencer ao mundo onírico. Mais precisamente àqueles sonhos matutinos, logo antes e no momento do despertar, onde pensamos “estou sonhando”. De certo modo, esse álbum é (entre os que conheço do Sonic) onde a tensão sonicyoutheana entre música pop bem feita e barulho é mais evidente. O que eles fazem aqui não é misturar esses elementos, como em geral fizeram depois , mas mantê-los isolados.Isso não quer dizer que haja músicas pop perfeitas ao lado de outras que são só microfonias, mas antes que em todas as músicas há momentos pops e momentos de barulho. E o que é mais interessante: esses barulhos dão, ao invés de tirar, força às canções. Essa divisão entre melodia e barulho é colada pelo clima onírico e também por um sentimento difícil de fornecer boas canções. Evol é o contrário de love, o que não quer dizer ódio, mas indiferença. Em suma, um álbum difícil, mas que vale a pena. As músicas ganham muita força dentro do álbum e de sua ordem própria. É curioso pois mesmo faixas que em outros álbuns consideraríamos “encheção de lingüiça”, aqui ganham nova dimensão e importância. Ignorando isso, posso destacar as faixas Tom Violence, Star Power, Green Light, a hipnotizante Madonna, Sean & Me e a faixa que sintetiza o álbum, a bizarríssima In the kingdom #19.
Termino citando uma resenha da Pitchfork: “Thurston Moore e Lee Ranaldo começaram a trazer forma ao disforme, harmonia ao desarmonioso e, com ajuda das baterias de Steve Shelley, impuseram melodia e composição à sua característica dissonância”.
Termino citando uma resenha da Pitchfork: “Thurston Moore e Lee Ranaldo começaram a trazer forma ao disforme, harmonia ao desarmonioso e, com ajuda das baterias de Steve Shelley, impuseram melodia e composição à sua característica dissonância”.
2 comentários:
E a dissertação?
Fiu fiu fiu fi ri fi fiu... Mas então. Vou falar agora do Animal collective.
Postar um comentário