You are free. Sempre que vou ouvir esse álbum fico repetindo. You are free. You are free. You are Free. Dá um certo desespero (ahhhhhhhh!) que fazer com isso? Cat Power foi pro meio do mato, sentou de costas pro mundo e compôs seu grande álbum.
Se você olhar a lista ao lado com todos os melhores discos, verá que há uma porção de álbuns em que praticamente um único músico toca e canta, sem mais nada, sem banda acompanhando ou barulhinhos de estúdio. Gosto muito desse tipo de música. Música é também um (dos principais) modo da liberdade humana, e ela é mais pura e livre quando tocada assim, solitariamente. Percebemos que aquilo tudo é uma pessoa que esticou cordas numa certa ordem que fazia barulhos harmoniosos e começou a cantar. É claro, é altamente pretensioso. Lembro de um post de algum blog dizendo que não gostava de folk porque considerava que era muita pretensão um sujeito achar que, sozinho, com um violão e uma gaita, entreteria uma platéia por uma hora ou mais. Eu discordo, eu gosto. É pretensioso, mas também é honesto para chuchu. Não há disfarces nem nada, a música é a única arma. E dá para sentir aqui que Chan Marshall (aka Cat Power) gosta mesmo de música, que queria fugir para algum lugar onde só a música importasse. Pretensão e honestidade, não é disso que são feitas as grandes coisas?
O álbum tem a força de um escritor de poucas palavras, à la Graciliano Ramos (lendo depois a resenha da Pitchfork, vejo que eles comparam a última música a Hemingway!), a trama da história fica no foco principal, mas os detalhes são tão escassos que quando aparecem marcam. Lembro agora das guitarras elétricas no álbum, suas microfonias. Ela conseguiu fazer da microfonia algo delicado e íntimo (veja shaking papers).
Melhores: I don’t blame you, speak for me, fool, he war, baby doll, maybe not, names, keep on runnin’ e evolution. Na verdade é mais um álbum em que simplesmente todas as músicas são boas.
Se você olhar a lista ao lado com todos os melhores discos, verá que há uma porção de álbuns em que praticamente um único músico toca e canta, sem mais nada, sem banda acompanhando ou barulhinhos de estúdio. Gosto muito desse tipo de música. Música é também um (dos principais) modo da liberdade humana, e ela é mais pura e livre quando tocada assim, solitariamente. Percebemos que aquilo tudo é uma pessoa que esticou cordas numa certa ordem que fazia barulhos harmoniosos e começou a cantar. É claro, é altamente pretensioso. Lembro de um post de algum blog dizendo que não gostava de folk porque considerava que era muita pretensão um sujeito achar que, sozinho, com um violão e uma gaita, entreteria uma platéia por uma hora ou mais. Eu discordo, eu gosto. É pretensioso, mas também é honesto para chuchu. Não há disfarces nem nada, a música é a única arma. E dá para sentir aqui que Chan Marshall (aka Cat Power) gosta mesmo de música, que queria fugir para algum lugar onde só a música importasse. Pretensão e honestidade, não é disso que são feitas as grandes coisas?
O álbum tem a força de um escritor de poucas palavras, à la Graciliano Ramos (lendo depois a resenha da Pitchfork, vejo que eles comparam a última música a Hemingway!), a trama da história fica no foco principal, mas os detalhes são tão escassos que quando aparecem marcam. Lembro agora das guitarras elétricas no álbum, suas microfonias. Ela conseguiu fazer da microfonia algo delicado e íntimo (veja shaking papers).
Melhores: I don’t blame you, speak for me, fool, he war, baby doll, maybe not, names, keep on runnin’ e evolution. Na verdade é mais um álbum em que simplesmente todas as músicas são boas.
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